PRÓTESE DE MAMA COM RECUPERAÇÃO EM 24 HORAS
Liberdade e autonomia são princípios que toda mulher moderna deseja, não depender dos outros nos faz sentir mais confiantes. Esse é o objetivo da cirurgia de prótese de mama com recuperação em 24 horas, entregar a melhor experiência para a mulher que passa por um procedimento transformador que é ter a mama aumentada.
A técnica de recuperação em 24 horas foi desenvolvida pelo cirurgião plástico norte americano John Tebbetts em 2002, baseada em estudos de anatomia e referendada pela ciência, por isso não é uma técnica nova, mas pouco conhecida no Brasil. Apesar da descrição original ser de 2002, a técnica foi sendo aprimorada com a inclusão de novos conhecimentos desenvolvidos por cirurgiões de outros países como a Austrália, Suécia e do Brasil.
A cirurgia é realizada colocando a prótese parcialmente por baixo do músculo, conhecido como Dual Plane, isso permite que não ocorra o deslocamento do silicone quando a paciente eleva os braços já no mesmo dia da cirurgia. Utilizamos também o sutiã interno com fios especiais, reforçando a o sulco mamário e também ajudando para que cicatriz possa suportar a pressão ao elevar os braços.
O procedimento é realizado sob anestesia geral sem sensação de “ressaca , isto é, você estará consciente e acordada logo após a cirurgia para iniciar os movimentos de elevação dos braços permitindo um alongamento do músculo e uma drenagem linfática espontânea, levando a diminuição da sensação de pressão e dor no pós operatório.
No mesmo dia da cirurgia você é estimulada a ter uma vida praticamente normal, ir no shopping, no cinema ou sair para jantar são algumas opções recomendadas.
O dia seguinte ao procedimento é permitido voltar ao trabalho, levantar peso até 15 kg, dirigir carro automático e elevar os braços como no dia anterior.
Em duas semanas está liberada para realizar atividade aeróbica e em três semanas musculação. Esportes de contato são necessários seis semanas para o retorno.
SEGURANÇA NA COLOCAÇÃO DAS PRÓTESES – 14 PONTOS
Hoje sabemos que a contaminação bacteriana é uma das causas da contratura capsular (endurecimento, dor e deformidade) e que ela ocorre na hora da introdução da prótese. Apesar de ser uma contaminação sub clínica é praticamente impossível retirar as bactérias da superfície da prótese.
Pensando nisso foi desenvolvido o plano dos 14 pontos, isto é, passos que o cirurgião deve seguir no momento da cirurgia que diminuem a chance da contaminação reduzindo seroma, hematoma, contratura capsular e possivelmente ALCL.
1. Use antibióticos intravenosos no início do anestésico;
2. Evite incisões periareolares (ao redor do mamilo) ou pela axila; estes foram demonstrados em estudos clínicos e laboratoriais, levando a uma maior taxa de contratura, pois a dissecção da bolsa é contaminada diretamente por bactérias;
3. Use protetores de mamilo para evitar o derramamento de bactérias dos ductos mamários no bolso da prótese;
4. Realize uma dissecção atraumática cuidadosa para minimizar os danos ao tecido mamário. As bactérias crescem mais rapidamente nos tecidos danificados;
5. Pare com cuidado qualquer sangramento durante a cirurgia, para minimizar a coleta de sangue ao redor dos implantes mamários. Sangue é como comida para bactérias;
6. Evite cortar o tecido mamário. O uso de uma loja submuscular ou Dual Plane reduz o contato direto do implante com a mama que e uma esponja preenchida com bactérias;
7. Realize a irrigação da loja com soluções apropriadas, incluindo soluções de betadina 50% ou antibióticos comprovados;
8. Use um funil introdutor, para evitar que o implante mamário entre em contato direto com a pele e suas bactérias;
9. Use novos instrumentos e afastadores, e troque as luvas cirúrgicas antes de manusear o implante;
10. Minimize o tempo entre retirar o implante mamário de sua embalagem estéril e colocá-lo na loja (dentro da mama);
11. Evitar o uso de provadores e ficar tirando e colocando de volta o implante através da pele;
12. Use um fechamento em camadas;
13. Evite sempre que possível o uso de drenos, que pode ser um local potencial de entrada de bactérias;
14. E uma recomendação futura: aconselha-se o uso de profilaxia com antibióticos para cobrir procedimentos subseqüentes que violam a pele ou a mucosa.